sábado, 26 de abril de 2014

Hexa

Hora da soneca!
Digerir feijoada é um abacaxi.
Tirar a caipirinha do joelho ajuda;
completa, engrossa a baba,
este escarro relaxado.

Por que não uma guerra fria nesta tropicália?
Congelar água na forminha
cachaça ouro, um dedo d'água, uma mão de açúcar
e ginga, lê lê.
Não é alzheimer
convulsão ou rock n' roll
não é qualquer pillow da Nasa.
É sem fronha, rede de linha
persiana de ferro,
Ribamar Churchill,
que nos permite sonhar:

Alô.
Presidenta?
Presidenta, Vossa Excelência, eu, em um surto estrangeiro, pouco industrial, veja, muito menos norte-americano (aquelas águias infladas), venho propor uma quadra! Questão de carpete, de janelas lustradas; questão polítiquíssima, claro, longe de mim (sob surto) propor quadras puramente mecânicas, não! Venho propor elegância partidária em forma de quadra! Inovação, Vossa Excelência, inovação! Eruditismo, simplicidade. Ao seu governo aço cirúrgico, lustra-móveis, papel reciclado, enfim: um mimo grego de porcelana.
Sim.
Sim.
Entendo.
Claro.
Uma quadra.
Quatro linhas.
Não. Não vai ter Collor. Tudo preto e branco cheio de estrelas.
Vermelhas?
13 estrelas vermelhas?
13 estrelas vermelhas sobre o Itamaraty? Mas eu tinha em mente algo mais subjetivo e...
Certo.
Não. É Ubaldo, senhora.
Isto. Muito obrigado.
13!
Pode deixar.

Patriotas companheiros, uni-vos em samba
Sobre o Itamaraty: o novo centro das Américas!
Das estrelas no céu: treze brasas, a glória!
Brazuca, o marco sexto da vitória!

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